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Síndrome de Burnout: uma doença ocupacional

Por: Alex de Almeida
14 de dezembro de 2022

A síndrome de Burnout (esgotamento profissional) foi classificada recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença ocupacional, ou seja, é causada pela exposição a fatores de risco decorrentes da atividade laboral, que podem afetar a saúde física e mental do trabalhador.

De acordo com o Ministério da Saúde, esse distúrbio emocional está associado à presença de sintomas como: exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes que demandam muita competitividade ou responsabilidade. 

Nesse sentido, é importante prestar atenção às principais causas da doença e quais os sintomas mais comuns presentes em um indivíduo que desenvolve esta condição durante o desempenho de sua atividade profissional.

A importância desse tema para as organizações

Profissional sendo precionado por colegas para entregar demandas atrasadas.
A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico causado pela sobrecarga de trabalho.

Nesta matéria, além de ficar por dentro desse assunto, você vai entender o motivo pelo qual as organizações estão cada vez mais preocupadas com a saúde mental dos seus colaboradores. E para isso, conversamos com Ana Cristina Limongi-França, Especialista em Psicologia do Trabalho.

Recentemente, em uma palestra promovida para os alunos dos cursos de pós-graduação da POLI USP PRO, Ana Cristina falou sobre a síndrome de Burnout, destacando a importância desse tema para as organizações.

Aliás, você sabia que temas como esse são comumente abordados nas aulas dos cursos de MBA e Especialização da POLI USP PRO? É isso mesmo! Fazer uma pós-graduação lato sensu a distância POLI USP PRO vai garantir que você fique por dentro dos temas mais atuais discutidos em empresas de diversos setores da economia. Saiba mais sobre os cursos!

A síndrome de Burnout

Segundo a professora, Burnout é uma condição psicológica que envolve um comprometimento mental individual decorrente de uma sobrecarga de trabalho. De acordo com a OMS, é uma síndrome que está mais associada a condições organizacionais, ou seja, ocorre em grande parte no ambiente de trabalho.

Existem diversas causas que podem levar ao acometimento dessa doença, dentre essas é possível destacar a:

  • Quantidade de horas trabalhadas;
  • Exigências no processo de decisão;
  • Falta de informação sobre quais tarefas precisa executar;
  • Falta de descanso;
  • Falta de autonomia com relação ao trabalho;
  • Excesso de pressão no trabalho;
  • Ausência de trabalho em equipe;
  • Limitações para o exercício das entregas (alcance de metas).

Saúde mental nas organizações

Imagem de uma pessoa recebendo apoio psicológico de outra.
É importante que as empresas invistam em programas de mental health, a fim de combater doenças ocupacionais como a síndrome de Burnout.

“A síndrome de Burnout é um dos motivos pelos quais as organizações estão cada vez mais preocupadas com indicadores de promoção de saúde e qualidade de vida dos colaboradores”, afirma a professora. Estudos mostram que a ansiedade e a preocupação com o futuro prejudicam o desempenho da função de determinados profissionais.

Existem estudos também que mostram uma redução do trabalho, que está mais relacionado com o fenômeno do presenteísmo, que ocorre quando o profissional está de corpo presente no ambiente de trabalho, mas, por vários motivos, não tem produtividade. Ou seja, o indivíduo está fisicamente presente, mas a mente não está.

O fenômeno da demissão silenciosa (quiet quitting), que consiste na falta de engajamento devido a insatisfação com o trabalho, está muitas vezes relacionado com a síndrome de burnout, pois, em muitos casos, isso ocorre devido à má saúde mental do colaborador, explica Ana Cristina.

Os impactos da saúde mental nos custos empresariais costumam ser consideravelmente altos, independente da atividade. Por isso as empresas procuram cada vez mais implantar Programas de Saúde Mental (Mental Health), a fim de promover a prevenção de doenças como a síndrome de Burnout.

Principais sintomas da síndrome Burnout

O Ministério da Saúde destaca alguns dos principais sinais e sintomas que podem indicar a síndrome de Burnout:

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Isolamento;
  • Fadiga.
  • Pressão alta.
  • Dores musculares.
  • Problemas gastrointestinais.
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Os sintomas podem surgir de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro. É fundamental que o indivíduo busque apoio profissional assim que notar esses sintomas.

A síndrome de Burnout é uma doença séria e precisa ser tratada da maneira correta, para que a vida profissional e pessoal do indivíduo não seja gravemente afetada.

Quer saber mais sobre esse e muitos outros temas que impactam no desenvolvimento dos profissionais no mercado de trabalho? Acesse o site da POLI USP PRO e saiba mais sobre os cursos de pós-graduação mais completos e atualizados do mercado.

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